segunda-feira, 4 de maio de 2009

Reflexão para Maio: A ÁRVORE DA VIDA - Lélio Costa e Silva

Balancem meus galhos, sou a árvore da vida, pedindo a reconciliação,
entre homens, plantas e animais,
porque meus doces frutos sempre foram iguais.
Querem saber a bela história da origem dessa vida, e quem abriu a
mágica janela do paraíso perdido?
Querem saber do “Big bang”? Que explosão! Será que tudo começou num
grande “bum”?
Mas, quem foi que soprou no misterioso limiar a sopa quente de
estrelas e criou esse mundão? De onde veio o Universo e toda a
criação?
Ah! Feito pipoca, vi a Terra bebê brincando com os meteoritos .
Seus primeiros organismos tinham nomes esquisitos...
Procariontes, eucariontes, seres vivos ancestrais.
Fotossíntese, verde magia para a vida das plantas e animais.
Também acalentei os invertebrados nos oceanos dos tempos imemoriais.
Protistas e metazoários, invertebrados emergentes: Esponjas, medusas,
hidras, corais, profusão de vidas crescentes.
Briozoários, braquiópodes, caracóis, mariscos, amonitas. Plantas
marinhas, anelídeos, insetos, aranhas, camarões, lagostas,
caranguejos e trilobitas... Ah! Uma pausa para descansar...
Vejo agora a Lua pertinho da Terra, fazendo o mar balançar neste
cantinho do Universo.
Olhem! Os vermes estão chegando nos quentes mares cambrianos e os
primeiros vertebrados, peixes ordovicianos.
Terra à vista! Brota a planta, crescem os bichos e a bonança.
Minhas primeiras plantas deixam o mar, mesmo em condições hostis.
Observo em seguida, os fungos e as algas casadinhos buscando a
calmaria, consagrando a parceria. Primeiros passos no novo lar.
Hoje os tubarões me contaram o segredo de vencer as extinções. No
entanto, agora tentam escapar do perigo do inconcebível inimigo.
Insetos aos milhões? Triste biodiversidade ignorada, alimento dos antepassados.
Um tempo e duas vidas para o apogeu dos anfíbios, a passagem da água
para a terra.
Pangéia, terras unidas em um supercontinente:
Dinocéu, dinoterra, dinoluta, dinossábios em seu tempo . Mesozóico
intervalo da vida, a era dos dinossauros. Chegaram com eles sapos,
crocodilos, tartarugas, mamíferos minúsculos...
Ave-luz! A asa antiga muda no bicho que voa, escamas transformam-se em
penas, dentes viram bicos. Santuários alados no azul.
E assim continuo a balançar meus galhos ao longo dos milênios, nesta
viagem no tempo: “Mamãe eu quero, mamãe eu quero mamar”... Oba!
Inventaram a cantiga de ninar.
Ornitorrinco teimoso enigma, gambá cheiroso estigma. Ouço agora a
valsa da despedida dos dinossauros.
Mamutes, mastodontes, morcegos, preguiças gigantes, baleias, tatus ,
chegou a nossa vez!
Australopithecus o primata em evolução. Olhem o Homo habilis estendendo a mão!
Quem levantou o Homo eretus e o fez mais esperto?
Nenderthal glacial, o homem do rio Neander que não era poluído.
Homo sapiens sábios, eis aí os animais dotados da razão.
Evolução, mutação, compatíveis com a felicidade no reino das
possibilidades de conservar a vida pela mudança do coração.
Transição, seleção. Chegou a hora da reflexão para aqueles que se
perderam nos caminhos.
E na biografia da Terra, o homem não é macaco , nem o macaco é homem não.
Alô aprendizes de feiticeiros, trilhando pegadas de quem passou
primeiro, não se esqueçam de reverenciar Aquele que concebeu o mundo,
Aquele que concedeu...
De quem é o atributo de pensar?
Onde estão os elos perdidos? E os cinco sentidos?
É preciso recuperar a cor, o cheiro, o som , o gosto e o afeto
pintados pelo Criador.